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Salário Mínimo na Suíça

por Nuno Barreto, em 01.02.15

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É muito comum ver nas notícias menções ao salário mínimo na Suíça. Vejo sempre isso como alguma piada, visto que não existe salário mínimo na Suíça. Aliás, ainda há quase um ano atrás, a população suíça rejeitou por larga maioria a criação de um salário mínimo de 4000CHF. O mais próximo que a Suíça tem de uma salário mínimo são acordos entre algumas empresas e sindicatos de trabalhadores, mas só em determinadas áreas fabris.

 

Na realidade o salário pode ser qualquer um, desde que o trabalhador assim o aceite. Isso também explica porque é que o desemprego na Suíça é tão baixo, há sempre alguém a aceitar um ordenado baixo. Ainda hoje, o Syriza na grécia deu um passo atrás ao desistir de aumentar o salário mínimo por essa mesma razão. No entanto isso também abre a porta a alguns abusos em todos os sectores que dependem de mão de obra não qualificada, havendo muito pouca segurança no mercado de trabalho nesses casos. Porque na Suíça, uma pessoa pode ser muito facilmente despedida e substituída por outra com um salário inferior.

 

Um bom sítio para obter mais informação sobre isto é o site ch.ch, em especial na página de salários na Suíça (sem versão em português). No site lohnrechner.ch, também podemos calcular os salários médios em cada sector e área de habitação na Suíça (mais uma vez, sem versão em português).

A título de exemplo, fiz duas simulações. Uma para um trabalhador para serviços genéricos sem qualificações (o pior caso que pude imaginar) e outra para um engenheiro informático com um bom nível de experiência de trabalho.

 

Trabalhador sem qualificações:

Screen Shot 2015-02-01 at 08.58.31.png

O mais importante na imagem é a última linha. O salário médio ronda os 3090CHF por mês.

 

Engenheiro Informático:

Screen Shot 2015-02-01 at 08.58.10.png

Neste caso o salário médio ronda os 9200CHF por mês.

 

Notem que os salários dependem de muita coisa, entre elas o local do emprego. Regra geral os salários são mais elevados nas zonas de Zurich e de Genève, mas por outro lado as despesas costumam ser superiores.

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publicado às 09:08

Como arranjar trabalho na Suíça

por Nuno Barreto, em 31.07.08

Todas as semanas há alguém que me pede ajuda para emigrar para a Suíça. A crise em Portugal e as excelentes condições de vida aqui na Suíça fazem com que se torne um destino cada vez mais apetecível, quase como se fosse o Céu na terra. Eu gosto de ajudar, mas milagres não é comigo.

 

Primeiro que tudo, é importante dizer que emigrar não é um mar de rosas. É uma experiência difícil e exigente a vários níveis: Emocional, financeiro, familiar, etc. Exige um período de adaptação não só a um novo emprego, mas a uma nova cultura e a uma nova língua. E para piorar, não é só uma pessoa que passa por isso, é toda uma família. São raras as pessoas que emigram porque sim, a maioria emigra por necessidade, o que já é em sim stressante. E tudo o resto ainda causa mais stress em toda a família.

 

Posto isto, é verdade que a vida aqui é melhor. Fora ser um pouco mais frio e mais chuvoso, há muitas vantagens. Ganha-se melhor, as pessoas são mais simpáticas e prestáveis, mais honestas, e as cidades funcionam muito bem. Mas por outro lado é muito difícil arranjar casa, e temos que dar 3 meses de renda adiantada (as casas rondam os 700€ por mês no mínimo, para uma espelunca). E os primeiros tempos, antes de receber o primeiro ordenado, são muito difíceis. É preciso vir com algum capital para nos aguentarmos nos primeiros meses.

 

Quanto a arranjar trabalho em si, não é fácil. Quem é da União Europeia tem mais facilidades que os outros, mas mesmo assim os Suíços têm sempre prioridade. Para quem tem cursos superiores competitivos (informática, medicina, etc), é relativamente fácil, desde que se fale minimamente o francês ou o alemão, dependendo da zona. Mas para os outros é bastante mais difícil. A taxa de desemprego para estrangeiros que procuram empregos não qualificadas é de 10%. E isto só a contar com aqueles que estão cá registados, fora a grande quantidade que vem cá tentar a sorte e depois volta sem nada.

 

Todos os dias a embaixada recebe dezenas de telefonemas de pessoas a pedir ajuda para encontrar trabalho. Poupo-vos já o trabalho: eles não ajudam. E ainda bem, que eles têm mais que fazer do que ser agência de empregos.

 

Bom, sendo assim, como é que se arranja emprego? Para trabalhos qualificados, nada como mandar CVs a empresas interessantes da área, e ir tentando a sorte, ou usar sites de emprego(jobup.ch, jobs.ch, etc). Para os outros, resta-lhes o recurso a agências de emprego e agências de trabalho temporário. Agências essas que já têm uma lista enorme de gente a pedir emprego. No fim, a melhor forma é ter mesmo alguém conhecido que conheça uma empresa que precisa de pessoal.

 

Por causa deste blog, as pessoas estão sempre a pedir-me trabalho. Não tenho trabalho para dar a ninguém. Conheço empresas que estão interessadas em programadores Java/J2EE, PHP, ou Oracle PL-SQL. O máximo que posso fazer é dar o email para onde enviam o CV. Mas melhor que isso não posso fazer...

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publicado às 16:16

Como é trabalhar na Suíça

por Nuno Barreto, em 23.07.08

Trabalho

 

Muitas vezes me perguntam como é trabalhar na Suíça. Ou melhor, qual é a diferença em relação a Portugal. Ganha-se mais, já se sabe, e os impostos são mais baixos, mas como é o dia a dia?

 

A principal diferença que noto é a falta de esquemas. Portugal é um País de esquemas, de truques, de "chico espertices", de formas de fugir aos impostos e ganhar mais em prejuízo dos outros. Já aqui na Suíça, faz-se sempre aquilo que é honesto. Se é para pagar impostos, é para pagar. A honestidade é um pressuposto de toda a sociedade.

 

A segunda coisa que reparei foi na falta de jogos de bastidores. Aquilo que as pessoas fazem para "subir na vida" quando lhes falta habilidade. É as intrigas, as mentiras, o diz que disse, os compadrios, a burocracia dos emails, as reuniões intermináveis. Aqui não há nada disso. As pessoas sobem na hierarquia por mérito, e a pessoa que tem mérito vê os seus esforços recompensados monetariamente e não só.

 

Quanto aos horários, trabalha-se 8 horas por dia. Não há cá pausas de uma hora para cafés, e para ir fumar, e mais duas para o almoço, como é comum aí (que chega-se ao fim do dia e só se trabalho 4 horas, em muitos casos, e às vezes nem isso). E o patrão exige que se trabalhe no horário. E isso significa também que o patrão não exige horas extraordinárias, e muito menos não remuneradas. Na realidade, é visto com maus olhos alguém trabalhar mais do que as 8 horas por dia. Começam logo a questionar a produtividade e a saúde social da pessoa. O trabalhador é para ser produtivo nas 8 horas de trabalho por dia. Se não está a ser, há algum problema ou com o trabalho em si, ou com o trabalhador, e isso é para se resolver. Férias, são 20 dias por ano, e os feriados são à volta de 8 (depende do Cantão em que se trabalha).

 

É claro que há sempre excepções. Mas posso dizer que elas são muito raras, e não conheço nenhuma (falando com os amigos que cá tenho, também eles não conhecem nenhuma, mas como nenhuma sociedade é perfeita, há-de haver situações dessas). E atenção que falo da perspectiva de um trabalhador licenciado, a experiência pode ser bastante diferente para os empregos menos valorizados.

 

Em resumo, vale a pena trabalhar na Suíça. Sinto-me muito mais produtivo no meu trabalho cá, com muito menos pressões e stresses, e muito mais recompensado.

 

Atenção que esta informação refere-se apenas ao trabalho em si, e mais específicamente para pessoas com cursos universitários competitivos, que é o caso da informática. Outros sectores não são tão fáceis. E arranjar casa, em alguns sítios, como por exemplo Genève, é um bico de obra...

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publicado às 17:16

Já tenho casa!

por Nuno Barreto, em 10.11.07
Foram três dias bem agitados. Assinar o contracto de trabalho, procurar casa, enfim... Mas a boa notícia é que já tenho casa! Vou para lá já amanhã. Devo ter batido um recorde qualquer, arranjar casa em Genève passado 3 dias, e ir para lá no dia seguinte...

É uma boa casa, apesar de só ter um quarto. A sala é grande, a cozinha é mais ou menos, tem uma varanda, e é bem melhor do que o que eu estava à espera de ter para já (um quarto, ou quanto muito um estúdio).

Agora é aproveitar o frio até Quinta-feira, que é quando começo a trabalhar, e esperar ansiosamente pela noite de Sexta-feira, quando a minha amada esposa vai chegar a Genève...

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publicado às 17:35




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