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Como arranjar trabalho na Suíça

por Nuno Barreto, em 31.07.08

Todas as semanas há alguém que me pede ajuda para emigrar para a Suíça. A crise em Portugal e as excelentes condições de vida aqui na Suíça fazem com que se torne um destino cada vez mais apetecível, quase como se fosse o Céu na terra. Eu gosto de ajudar, mas milagres não é comigo.

 

Primeiro que tudo, é importante dizer que emigrar não é um mar de rosas. É uma experiência difícil e exigente a vários níveis: Emocional, financeiro, familiar, etc. Exige um período de adaptação não só a um novo emprego, mas a uma nova cultura e a uma nova língua. E para piorar, não é só uma pessoa que passa por isso, é toda uma família. São raras as pessoas que emigram porque sim, a maioria emigra por necessidade, o que já é em sim stressante. E tudo o resto ainda causa mais stress em toda a família.

 

Posto isto, é verdade que a vida aqui é melhor. Fora ser um pouco mais frio e mais chuvoso, há muitas vantagens. Ganha-se melhor, as pessoas são mais simpáticas e prestáveis, mais honestas, e as cidades funcionam muito bem. Mas por outro lado é muito difícil arranjar casa, e temos que dar 3 meses de renda adiantada (as casas rondam os 700€ por mês no mínimo, para uma espelunca). E os primeiros tempos, antes de receber o primeiro ordenado, são muito difíceis. É preciso vir com algum capital para nos aguentarmos nos primeiros meses.

 

Quanto a arranjar trabalho em si, não é fácil. Quem é da União Europeia tem mais facilidades que os outros, mas mesmo assim os Suíços têm sempre prioridade. Para quem tem cursos superiores competitivos (informática, medicina, etc), é relativamente fácil, desde que se fale minimamente o francês ou o alemão, dependendo da zona. Mas para os outros é bastante mais difícil. A taxa de desemprego para estrangeiros que procuram empregos não qualificadas é de 10%. E isto só a contar com aqueles que estão cá registados, fora a grande quantidade que vem cá tentar a sorte e depois volta sem nada.

 

Todos os dias a embaixada recebe dezenas de telefonemas de pessoas a pedir ajuda para encontrar trabalho. Poupo-vos já o trabalho: eles não ajudam. E ainda bem, que eles têm mais que fazer do que ser agência de empregos.

 

Bom, sendo assim, como é que se arranja emprego? Para trabalhos qualificados, nada como mandar CVs a empresas interessantes da área, e ir tentando a sorte, ou usar sites de emprego(jobup.ch, jobs.ch, etc). Para os outros, resta-lhes o recurso a agências de emprego e agências de trabalho temporário. Agências essas que já têm uma lista enorme de gente a pedir emprego. No fim, a melhor forma é ter mesmo alguém conhecido que conheça uma empresa que precisa de pessoal.

 

Por causa deste blog, as pessoas estão sempre a pedir-me trabalho. Não tenho trabalho para dar a ninguém. Conheço empresas que estão interessadas em programadores Java/J2EE, PHP, ou Oracle PL-SQL. O máximo que posso fazer é dar o email para onde enviam o CV. Mas melhor que isso não posso fazer...

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publicado às 16:16

Como é trabalhar na Suíça

por Nuno Barreto, em 23.07.08

Trabalho

 

Muitas vezes me perguntam como é trabalhar na Suíça. Ou melhor, qual é a diferença em relação a Portugal. Ganha-se mais, já se sabe, e os impostos são mais baixos, mas como é o dia a dia?

 

A principal diferença que noto é a falta de esquemas. Portugal é um País de esquemas, de truques, de "chico espertices", de formas de fugir aos impostos e ganhar mais em prejuízo dos outros. Já aqui na Suíça, faz-se sempre aquilo que é honesto. Se é para pagar impostos, é para pagar. A honestidade é um pressuposto de toda a sociedade.

 

A segunda coisa que reparei foi na falta de jogos de bastidores. Aquilo que as pessoas fazem para "subir na vida" quando lhes falta habilidade. É as intrigas, as mentiras, o diz que disse, os compadrios, a burocracia dos emails, as reuniões intermináveis. Aqui não há nada disso. As pessoas sobem na hierarquia por mérito, e a pessoa que tem mérito vê os seus esforços recompensados monetariamente e não só.

 

Quanto aos horários, trabalha-se 8 horas por dia. Não há cá pausas de uma hora para cafés, e para ir fumar, e mais duas para o almoço, como é comum aí (que chega-se ao fim do dia e só se trabalho 4 horas, em muitos casos, e às vezes nem isso). E o patrão exige que se trabalhe no horário. E isso significa também que o patrão não exige horas extraordinárias, e muito menos não remuneradas. Na realidade, é visto com maus olhos alguém trabalhar mais do que as 8 horas por dia. Começam logo a questionar a produtividade e a saúde social da pessoa. O trabalhador é para ser produtivo nas 8 horas de trabalho por dia. Se não está a ser, há algum problema ou com o trabalho em si, ou com o trabalhador, e isso é para se resolver. Férias, são 20 dias por ano, e os feriados são à volta de 8 (depende do Cantão em que se trabalha).

 

É claro que há sempre excepções. Mas posso dizer que elas são muito raras, e não conheço nenhuma (falando com os amigos que cá tenho, também eles não conhecem nenhuma, mas como nenhuma sociedade é perfeita, há-de haver situações dessas). E atenção que falo da perspectiva de um trabalhador licenciado, a experiência pode ser bastante diferente para os empregos menos valorizados.

 

Em resumo, vale a pena trabalhar na Suíça. Sinto-me muito mais produtivo no meu trabalho cá, com muito menos pressões e stresses, e muito mais recompensado.

 

Atenção que esta informação refere-se apenas ao trabalho em si, e mais específicamente para pessoas com cursos universitários competitivos, que é o caso da informática. Outros sectores não são tão fáceis. E arranjar casa, em alguns sítios, como por exemplo Genève, é um bico de obra...

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publicado às 17:16

Swissinfo em português

por Nuno Barreto, em 27.03.08
Ontem recebi um simpático email de um jornalista do Swissinfo, a anuncia um novo visual do site, e a divulgar o novo dossier sobre o Euro2008.

O Swissinfo é um portal suiço de informações, com versões em várias línguas, uma delas em português. Gosto bastante da forma como o site está organizado. Simples, com um aspecto muito limpo, e com a informação bem organizada.

É sempre bom poder ver as notícias do País em que vivemos na língua que melhor conhecemos.

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publicado às 08:28

Período de pré-aviso

por Nuno Barreto, em 27.03.08
Devido ao facto de estar num processo de transição de emprego, fui confrontado com uma situação que acho peculiar. Nos primeiros 3 meses numa empresa, o período de pré-aviso é de uma semana, e depois passa a 1 mês, e a partir do fim do 1º ano passa a 2 meses. Até aqui tudo bem, e fácil de perceber.

O que é peculiar no sistema suiço é que esse período de 1 mês e de 2 meses começam a contar somente a partir do dia 1 seguinte. Ou seja, se eu estiver a trabalhar há 6 meses, e entregar o pré-aviso no dia 2, na prática, tenho de ficar na empresa quase dois meses.

Felizmente no meu caso isso não aconteceu, entreguei o pedido de demissão ontem, o que me permite dia 1 de Maio já estar na nova empresa. Mas é bom saber.

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publicado às 08:19

Seguro de Saúde

por Nuno Barreto, em 04.03.08
Na Suiça não existe um sistema de saúde público propriamente dito. Mas por lei, todas as pessoas que vivem na Suiça são obrigadas a ter um seguro de saúde (no caso dos portugueses, só se trabalharem, se não trabalharem podem usar a segurança social portuguesa). Se não o fizerem, o Cantão trata de contratar um seguro em nome dessas pessoas, e faz por contratar um bem caro.

Um site bastante útil para adquiri um seguro, é o Comparis, onde se pode fazer simulações dos vários seguros, e saber quanto pagamos por cada um deles. Além da idade e da zona onde a pessoa vive, outras variáveis contam para a definição do preço a pagar.

A primeira é o franchise, que nos adultos pode ir de 300CHF a 2500CHF. Quanto mais alto for, mais barato é o seguro. O que o valor significa, a grosso modo, é que se uma pessoa contratar um seguro de 1500CHF, por exemplo, todas as despesas que tiver nesse ano até 1500CHF são pagas pela pessoa, assim que esse valor for ultrapassado, passa a ser pago pela seguradora. Ou seja, estes segura servem apenas como uma garantia de que não pagaremos mais do que um determinado valor por ano em saúde.

O preço dos seguros anda à volta de 300CHF por mês por pessoa, mas feitas as contas, pago bastante menos pelo seguro + reforma do que pagava em Portugal pela segurança social...

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publicado às 12:15

Suiça, número um em termos ambientais

por Nuno Barreto, em 31.01.08
Bird Watching Spot

Para terminar os artigos de hoje com nota positiva, resolvi falar do ambiente. Num recente estudo, foi concluído que a Suiça é o país número um em termos de ambiente, ficando Portugal em 18º (o que não é um mau resultado tendo em conta o total de 149 países).

Se há coisa que valorizo bastante na Suiça, e que notei logo na primeira vez que cá vim, é que há uma verdadeira preocupação com o ambiente. Não há cá coisas de "Ah, e tal, é para o interesse nacional construir o aeroporto." Se uma obra é realmente necessária, é obrigatório fazer recuperação de habitats na zona afectada.

Mas no que se nota mais é a quantidade de espaços verdes nas áreas urbanas, e o facto de o ar que se respira ser sem dúvida muito mais puro.

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publicado às 13:59

As passadeiras

por Nuno Barreto, em 31.01.08
Bike trackHoje vi no jornal que na Suiça, 3 em cada 1 milhão de pessoas morrem todos os anos atropeladas nas passadeiras, fazendo da Suiça o número 3 na Europa nesse quadro negro (só superado por Itália (3.4) e Noruega (3.7).

Tenho que dizer que de início não reparei grande diferença em relação a Portugal, até me pareceu que aqui seria ligeiramente melhor. Mas várias pessoas me chamaram a atenção disso, e hoje constacto que é uma verdade. É preciso cuidado ao atravessar as passadeiras, mais do que em Portugal. Não gostam muito de dar prioridade ao peões aqui na Suiça...

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publicado às 13:47

A banca Suiça

por Nuno Barreto, em 18.01.08
Nem tudo na Suiça é melhor que em Portugal. Além do mais óbvio (temperatura, e a meteorologia no geral), há uma coisa que em Portugal é bastante melhor: A banca.

Eu sei, parece um contracenso. Afinal de contas se há coisa pela qual a Suiça é conhecida, além do chocolate e dos relógios, é a banca. Mas há bancos e bancos. Se estivermos a falar da "Banca privada" (que é mais do que não ser pública, são os "bancos para ricos"), é verdade que têm serviços espectaculares que são muito interessantes para pessoas com muito dinheiro que queiram investir, ou fugir aos impostos.

Mas não é disso que estou a falar. Quanto digo que a banca portuguesa é melhor, estou a falar na óptica do utilizador comum. Aquele que tem uma conta para receber o ordenado, e para gastar o ordenado.

O primeiro e principal problema é a falta de multibancos. Para quem está habituado a ter uma caixa multibanco em cada quarteirão, facilmente detectaveis por um símbolo MB a azul, só pode ficar desiludido cá. Existem muito menos multibancos, e cada um tem um aspecto diferente, conforme o banco a que pertencem. Só permitem fazer levantamentos e ver o saldo (nem coisas simples como carregar telemóveis fazem). E ainda por cima, se forem de um banco diferente do nosso, temos de pagar 2CHF pelo levantamento.

O outro problema é a falta de funcionalidades no home banking. Dá para ver o saldo, fazer transferências, e é só. Viva a simplicidade.

A solução que estou a usar é transferir internacionalmente o meu dinheiro todo para a CGD (que não tem balcão cá, só uma representação), que é grátis se feito nos correios, e depois usar o novo Cartão Maestro RE para fazer os levantamentos, pelas quais não pago nem taxas, nem comissões. Estou desejoso que a CGD abra balcões na Suiça...

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publicado às 13:37

Piada Suiça

por Nuno Barreto, em 06.12.07
Savoie

Numa reunião com o Presidente da Suiça, o primeiro-ministro português apresentou-lhe os seus ministros: "Este é o ministro da Saúde, este é o ministro dos Negócios Estrangeiros, esta é a ministra da Educação, este é o ministro da Justiça, este é o ministro das Finanças..."

Chegou a vez do Presidente da Suiça: "Este é o Ministro da Saúde, este é o Ministro dos Desportos, este é o da Educação, este o da Marinha..."

Nessa altura, com ar emproado, José Sócrates começou a rir: "Ha! Ha! Ha!.... Para que é que vocês têm um Ministro da Marinha, se o vosso País não tem mar?"

O Presidente da Suiça faz um ar digno e respondeu: "Não seja inconveniente. Quando você apresentou os seus ministros da Educação, da Justiça e da Saúde, eu também não me ri."

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publicado às 09:07

Visita a Genève

por Nuno Barreto, em 09.10.07
Savoie Este fim de semana tive a oportunidade de visitar Genève, a terra para onde pretendo emigrar. Fui a uma entrevista de emprego, fui conhecer pessoalmente algumas pessoas com quem já tinha contacto, e fui ver se continuava a gostar de Genève. Adorei estar lá. Espero ir para lá muito em breve, mas para já preciso do principal: Um emprego. Vamos ver como correm as próximas semanas. Entretanto, vão ser muitas as visitas ao site de emprego.

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publicado às 16:39




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