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Portugueses a passar fome na rua

por Nuno Barreto, em 07.02.12

E se dúvidas houvesse que as coisas não estão fáceis para quem "tenta a sorte" na Suíça, aqui fica uma pequena reportagem da RTP sobre o tema:

 

Na Suíça há portugueses a passar fome e a dormir na rua

 

Não aconselho ninguém a vir para cá sem ter onde ficar, ou condições para voltar para Portugal se as coisas correrem mal. Arranjar emprego cá não está fácil. Se quiserem arriscar, venham ao menos conscientes de quais os verdadeiros riscos.

 

(Visto no Sonhos Milka)

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publicado às 09:43


1 comentário

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De Anónimo a 07.02.2012 às 16:46

Arranjar emprego cá na Suiça, não está nada fácil…

Esta é a verdade pura e nua neste momento. Falo por experiência própria, uma vez que estou cá desde há dois anos, sempre na zona alemã. Zona com a qual não me identifico, devido à questão linguística (reminiscências da segunda guerra mundial).

Trabalhei sempre durante este tempo como “plongeur”. Não, não é o que estão a pensar, não faço mergulho, sou aquilo que vulgarmente se chama de “casseroleiro”, na gíria portuga emigrantada que labora na restauração.

Durante este período e para meu infortúnio, efetuei horários intercalados que acabam de 3ª a Domingo muito após a uma da manhã, ou seja a malta está “presa” ao local de trabalho 14 a 16 horas, para em líquido trabalhar umas 7 a 9 novas de trabalho efetivo. Uma merda, diga-se de passagem e isto para em bruto auferir uns míseros 3.500 CHF. (Sempre melhor do que em Portugal , pensarão todos aqueles que não sabem o real custo de vida da Suiça, nem me vou dar ao trabalho de contrapor, explanar, etc…)

Ora, farto da atividade (foram dois anos em que não aprendi nada de interessante), sempre metido no “buraco” em alta montanha, resolvi “abalar” para a Suiça francesa, mais precisamente para Genève. Poderia ter renovado com a entidade patronal o contrato de trabalho, mas o meu intelecto clamava por atividade (alimento-me de stress), e este “dolce fare niente” de dois anos fez-me atrofiar algumas áreas do meu cérebro.

Enquanto vivi na Suiça alemã, senti como se estivesse a viver na China, tal é a sensação de desnorteio, mas como bom português, sempre me desenrasquei.

Falo e escrevo fluentemente francês, inglês e espanhol e sempre exerci atividades ligadas ao comércio nacional e internacional, mas devido a algumas vicissitudes tive de me “deslocalizar” e fazer-me à vida, já que Portugal não se apresentava como uma solução a curto termo.

Desde o início do ano que semanalmente respondo a anúncios, envio CVs, recebo via email ofertas de trabalho, mas chego à triste conclusão que por aí não vou lá. Infelizmente tal como em Portugal, aqui na Suiça predomina a lei da “cunha”. Quem não possuir um amigo que nos indique à entidade patronal, por melhor que seja o seu CV, ou mesmo a experiência demonstrada, será sempre preterido. Esta é a triste realidade…

Dos poucos contactos havidos com a comunidade portuguesa residente, apenas noto que existe uma total indiferença para com os recém chegados, estão-se a “cag..”, vive-se um clima de inveja permanente, tipo, “desamerda-te”, “desenrasca-te” “Olha, mais um que se calhar me vai tirar o ganha pão, ou com quem vou ter de competir”, e poderia citar mais casos, enfim…

Esqueçam a ajuda dos tugas. São muito poucos os que eventualmente resolvem ajudar ou mesmo aqueles que ajudam sem nada reclamarem em troca.

Claro que não vim para Genève de mãos a abanar, isto é, não cai cá de paraquedas, trouxe dinheiro Q.B para alguns meses enquanto o ORP não me paga o subsídio de desemprego (não estou à espera de viver dele, mas sempre ajuda na colmatação da lista de despesas mensais). Aluguei apartamento, não passo fome, apenas ainda não atingi o meu objetivo.

Pensei em tudo para esta aventura, apenas não julguei que fosse assim tão difícil mudar de emprego ou mesmo de vida (sempre subjetivo, uma vez que ainda apenas decorreu um mês), mas como otimista que sou, vou continuar a insistir, uma vez que parar é morrer.

Na pior das hipóteses mudo para outra cidade em redor do Lac Léman.

Para finalizar, apenas informo que este texto foi redigido sem qualquer tipo de interesse, mas apenas para elucidar que a Suiça não é o “paraíso” que por aí se pinta, é uma merda como outra qualquer, daí compreender e concordar com muitos dos comentários proferidos neste blog, a diferentes temas, por parte do Sr. Ou Srª. que utiliza muito a expressão “CHOURICA” e um vocabulário “mui sui generis” nos seus posts resposta.

Tal como um jogador, sinto que neste momento apostei no vermelho e está-me sempre a sair o preto, mas como diz o proverbio, “a sorte protege os audazes”.

Cumprimentos e continuem a acreditar,
Anónimo por opção neste momento.

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